Na 6ª feira foi a festa do Francisco no ATL. Acho que foi a única festa a horas decentes e por isso estavam lá tantos pais. Encontrei uma mãe que já conhecia do infantário e que quando olhou para os meus rebentos se espantou com a minha coragem de ter 3. Sinceramente não tem nada a ver com coragem. E também não tem a ver a com a bonita frase: "dão trabalho, mas compensa muito". Três dão trabalho, mas um também dá. Três compensam muito, mas um pode ser igualmente compensador. Tem a ver com opções de vida. Tem a ver com que estamos dispostos a abdicar, da paciência que temos nos momentos difíceis, do espaço que precisamos para nós, da arte que temos em arranjar momentos que satisfaçam a todos. Nada na vida se consegue sem sacrifício, sem que a palavra sacrifíco tenha um sentido negativo. Quando decidimos ter o Afonso sabíamos que íamos perder algumas regalias conquistadas já depois de termos a Joana e o Francisco, mas escolhemos assim conscientes do que nos esperava. Às vezes temos vontade de sair porta fora e eles que façam o jantar. Ah pois temos. E de marcar uma férias fantásticas na Argentina só os dois. Que maravilha. Mas também temos imenso vontade de cozinhar arroz de polvo, que é um jantar que adoramos os cinco. Ou de alugar uma auto-caravana e irmos até França de mapa na mão e comer gelados em todas as áreas de serviço.
Bem a propósito disto vem esta crónica num blog que gosto.
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