Também eu estou em choque com os cortes de salários e benefícios que aí vêm. Apesar de lá em casa quem paga o ordenado não ser estado, acho que o sacrifício pedido aos funcionários públicos é brutal, talvez até exagerado e desigual. Acho que estão a ser mais penalizados que o resto da população, mesmo que na verdade em muitos aspectos tenham sido sempre privilegiados. Também me custa imenso que as despesas de educação que tenho com os meus filhos, não possam ser descontadas no IRS e acho esta medida injusta, até porque as despesas que tenho são as mais básicas de todas, uma vez que optei por tê-los em escolas públicas. Mas percebo, por muito que me mexa no bolso, que é o momento do tudo ou nada e que o país (e muitas famílias) vivia acima das suas posses. E é por isso que entendo, também, que esta é a altura de trabalharmos todos e que as greves não são uma boa opção. Percebo a revolta, mas não entendo que se paralise o país. É que custa muito dinheiro a todos. Mesmo muito. E dinheiro é coisa que nós não temos.
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